Um desembargador do Tribunal de Justiça de Tocantins encomendou um ritual de "magia negra" contra quatro colegas e cinco ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de acordo com um relatório do ministro do STJ José Otávio de Noronha sobre a venda de sentenças no Estado, um dos crimes pelos quais o desembargador Liberato Póvoa é investigado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O termo "magia negra" consta no próprio documento assinado pelo ministro e relator do caso, e a "encomenda" de Póvoa teria sido feita por e-mail e interceptada pela Polícia Federal. Na mensagem, ele solicita a um homem identificado como "Reinaldo" que "cerque" os nove colegas do Judiciário que atuavam na investigação do caso e, por isso, estariam "armando contra". O desembargador cita o nome completo e a data de nascimento de todos os colegas. "Se houver alguma despesa, pode fazer, pois é muito importante eu 'fechar o corpo'", teria escrito Póvoa, que está afastado do cargo desde dezembro. Ele também é suspeito de manipulação na autorização de pagamentos de precatórios, em valores que chegavam a R$ 100 milhões, noticiou o jornal.
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