Quando foi lido o testamento do ex-deputado Clodovil Hernandes, em março do ano passado, revelou-se que o estilista havia deixado todos os bens e capital para a realização de um sonho: abrir uma instituição para acolher meninas de rua, em São Paulo. A entidade deveria ter o nome da sua mãe adotiva, a espanhola Isabel Sánchez. Quase um ano depois de morrer, o desejo póstumo registrado em cartório pode não se concretizar por falta de dinheiro. Ao processo de inventário que tramita no Tribunal de Justiça de São Paulo estão sendo anexadas todas as ações de danos morais que eram movidas contra ele. Até um suposto parente apareceu querendo participar da partilha.
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Entre os credores de Clodovil há gente famosa, como a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), desafeto número um. A petista quer receber R$ 200 mil do falecido. Há gente anônima, como o advogado Renato Moreira Menezello. Ele alega ter trabalhado para o artista, que morreu sem lhe pagar uma suposta dívida de R$ 45 mil. A prefeitura de Ubatuba reivindica quase R$ 200 mil a título de IPTU atrasado de um imóvel que ele tinha no município. A ex-vereadora de São Paulo Claudete Alves da Silva também está de olho no inventário do ex-deputado. Almeja cerca de R$ 30 mil porque foi ofendida por ele.
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